Iniciada em julho deste ano, após denúncia publicada no OPINIÃO E NOTÍCIA, as investigações sobre a matança de animais de forma cruel pelo Centro de Zoonozes de Barras está próxima ao fim. Um vídeo mostrava que cães poderiam ter sido mortos por eletrochoque e, agora, peritos descobriram os restos mortais de um cavalo que teria sido eutanasiado a tiros, o que é considerado crime de maus-tratos.
Em nota, a Prefeitura de Barras informou à época que “no local é obedecido um protocolo onde a eutanásia é feita com cachorros sedados com o pré-anestésico Acepran e em seguida é aplicado o anestésico Ketamina, evitando dores”. Porém, com as últimas informações e depoimentos praticamente cai por terra essa versão, constatando a forma cruel com que os animais são mortos no Centro de Zoonozes.
“A duas semanas fizemos a exumação dos restos mortais de um cavalo que foi supostamente eutanasiado por uma arma de fogo. Os restos mortais foram encontrados pelos peritos e trazidos para Teresina, onde serão periciados e um laudo necroscópico deverá indicar se há na cabeça alguma perfuração de projétil”, explica o Delegado.
Sobre a morte dos cães, Emir Maia disse que será preciso fazer novas diligências em Barras para localizar e intimar para depor os tutores de pelo menos cinco cachorros que teriam sido eutanasiados no Centro de Zoonozes este ano. O delegado informa que a polícia apreendeu equipamentos e que a perícia constatou que os animais foram abatidos por eletrochoque.
“Tomamos conhecimento de que cinco cães que foram eutanasiados este ano. A perícia já constatou que há crimes de maus tratos através da utilização daqueles cabos, fios de bateria, que foram aprendidos no Centro de Zoonozes. Então, já temos os instrumentos. Agora, precisamos da materialidade, que são os cachorros. Porque o Centro de Zoonozes nega que este ano tenha eutanasiado cachorro. Só que temos cinco fichas e precisamos identificar os tutores”.
A dificuldade, segundo Emir Maia, é que nas fichas encontradas no Centro de Zoonozes, existe apenas o nome principal do tutor, sem telefone de contato ou endereço. Por isso a necessidade de fazer novas diligências no município, além de requisitar novas informações à Secretaria de Meio Ambiente de Barras.
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Fonte: Wesslley Sales