A Secretaria de Saúde do Estado comemora a estabilidade da pandemia no Piauí que, segundo boletim divulgado nesta quinta-feira (11), mostra que nos últimos 14 dias a variação de novos casos é de apenas 4%, com média móvel de 210 pessoas infectadas. Já os óbitos reduziram em 26%, com média móvel de duas mortes por covid-19. Em novembro não foi perdida nenhuma vida para a doença em três dias de acompanhamento.
Porém, há um dado preocupante. A Sala de Situação UFPI/FIOCRUZ-PI volta a alertar sobre a alta taxa de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo por causa da covid-19 no Piauí. De acordo com o Doutor Emídio Matos, a situação se agrava no Vale do Canindé, que no último dia 5 de novembro estava em 80% e cresceu para 100%, no Vale do Rio Guaribas e Chapada do Rio Itaim, que estava em 90% e agora registra 100%. No Vale dos Rios Piauí e Itaueiras, além do Tabuleiros do Alto Parnaíba que se mantém em 100% antes e permanece assim neste último levantamento realizado na quinta-feira (11).
Ainda de acordo com o levantamento UFPI/FIOCRUZ-PI, a Planície Litorânea possui taxa de ocupação de 20%; Território dos Cocais chega a 60%; Entre Rios, Carnaubais e Vale do Sambito somam 44%; Na Chapada das Mangabeiras existe 33,33% das vagas ocupadas; Serra da Capivara não possui mais leitos de UTI Covid-19.
“Mais uma vez o Piauí volta a aumentar a ocupação de leitos de UTI no Território Entre Rios, Carnaubais e Vale do Sambito coordenados por Teresina. O Vale dos Rios Guariba e Itaim está com taxa de ocupação alta, acima de 74% e Vale do Canindé, coordenado por Oeiras também acima de 74%. A mais de três meses se repete, na região de Uruçuí (Alto Parnaíba e Rio Piauí e Itaueiras) e Floriano com taxa de 100%. A população está se infectando e adoecendo mais gravemente”, disse o pesquisador.
Emídio Matos reforça a necessidade de vacinação das pessoas. Para isso, lembra que o Piauí segue o que acontece no Brasil. No Estado, de janeiro a setembro, em torno de 80% das pessoas internadas eram de não vacinados, 12% já haviam tomado a primeira dose e 8% completamente imunizados.
“Dados preliminares mostram que aqueles que adoeceram mais gravemente foram os que não se imunizaram ou que não terminaram o ciclo vacinal. A maioria daqueles que se internaram, mas estavam completamente imunizados tiveram alta. Isso mostra a necessidade de manter a imunização completa”, concluiu.
Fonte: Wesslley Sales