Ainda em 2018, para fugir da chamada cláusula de barreira e manterem-se vivos na política, o Patriotas e o Partido Republicano Progressista fundiram-se em uma única legenda. Com a minirreforma eleitoral foi aberta a possibilidade de federalizações vários partidos de todos os espectros políticos estão em conversações para 2022 como Solidariedade, Avante e MDB ou ainda PP, PL e PTB ou PV e Cidadania. A dificuldade está nas negociações que devem prever a junção das siglas por no mínimo quatro anos.
Major Diego Melo, que confirmou estar afastado do comando do Patriotas no Piauí desde a disputa para Prefeitura de Teresina em 2020, afirmou que não está participando das conversas que acontecem a nível de executiva nacional. Porém, não descarta a possibilidade do partido fazer nova fusão ou até mesmo a federalização.
“É uma tendência nacional. Quem não fizer isso será como nas últimas eleições. Como aqui em Teresina, onde vários partidos grandes não fizeram nem um vereador. Nosso grupo fez. Estou afastado do Patriota e não sei, sinceramente, como será a decisão do partido. Mas, a tendência, não só por força dessa situação de permissão, mas por força da exigência eleitoral que acabaram com as coligações, onde muitos partidos têm que atingir uma grande quantidade de votos. Muitos partidos sabem que não atingirão e vão buscar fusões”, analisa.
Reeleito semana passada para o comando da AMEPI (Associação dos Oficiais Militares do Piauí), Major Diego disse que sua meta em 2022 é reforçar e unir a oposição no Estado, deixando claro que não disputará o Governo, mas apoiará o candidato que hoje tem Iracema Portela (PP) e Sílvio Mendes (PP) disputando a cabeça de chapa majoritária. Apesar do Patriotas negar filiação ao Presidente da República, o militar garante apoio a Jair Bolsonaro independente da legenda que ele estiver, mesmo que seja do Centrão, como o Progressistas, sigla que foi alvo de críticas bolsonaristas, principalmente após a derrota da proposta de voto impresso.
“Nós, no Piauí, a direita, os bolsonarianos, temos a consciência da importância de nesse momento nos unir, criar uma forte oposição para virar essa página do PT no Piauí. Havia pontualmente essas críticas, mas a política no Brasil e no mundo é regida por leis. Os conservadores estão ainda buscando criar o seu partido. Nós não temos um partido nascituro conservador com essa proposta. O Presidente tentou criar um partido, um esforço grande em todo o Brasil. Nós aqui, para criar o Aliança, nos esforçamos muito. Mas, a maturidade política da democracia no Brasil, se Deus quiser vai evoluir, para que tenhamos poucos partidos com bandeiras legítimas e com representantes que realmente defendam essas bandeiras e não meros politiqueiros que só pensam no poder pelo poder, que não tenham propostas concretas e que quando eleitos se subvertem e se submetem a todo tipo de imoralidade para angariar cargos e espaços de poder”, concluiu.
Confira na íntegra o que disse Major Diego:
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Fonte: Wesslley Sales