Ao todo foram 13 mandados cumpridos em Teresina e Miguel Alves pela Polícia Federal, em parceria com a Controladoria Geral da União, na manhã desta sexta-feira (19). Os alvos estão ligados a um esquema envolvendo o uso de laranjas para desvio de recursos da Saúde, Assistência Social e Educação, provocando um rombo de mais de R$ 1 milhão. Na prática, pessoas foram colocadas como sócios de uma empresa que, na verdade, tinha como proprietário um político do município.
“O aprofundamento das investigações evidenciou a existência de “laranjas” no quadro societário da empresa e a utilização destes para dissimular a destinação dos valores ao proprietário de fato da empresa e, por fim, a agentes públicos de Miguel Alves (PI), caracterizando os crimes de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro. As análises acerca da contratação evidenciaram fragilidades no processo que favoreceram a contratação de empresa cujos levantamentos apontaram pertencer, de fato, a agente político do município contratante e que não tinha capacidade técnica e operacional para executar os serviços de manutenção e conservação de ar-condicionado”, afirma um trecho da nota enviada pela Controladoria Geral da União.
Além dos mandados de busca, foram apreendidos bens e valores que somados chegam a quase R$ 1 milhão. Levantamento feito pelo OPINIÃO E NOTÍCIA mostra que, entre os alvos da operação de hoje estão o suplente de vereador Odivan Torres, que à época era presidente da Câmara Municipal e sua esposa, atual diretora do Hospital de Miguel Alves, o que leva a investigação para dentro da gestão do atual Prefeito, Vein da Fetraf. De acordo com a Polícia Federal, as investigações apuram irregularidades de 2021 a 2023.