O homem preso em Cocal dos Alves em operação da Força Tarefa de Segurança Pública na manhã desta quinta-feira (16) é André Luiz Félix da Silva, 37. Natural do Ceará, sua missão era implantar o Comando Vermelho no litoral do Piauí e ganhar terreno sobre outras facções. Acusado de mandar matar outros traficantes, seu grupo estava iniciando uma guerra contra outra facção, o PCC.
Esta informação é de policiais que trabalham na região e já se depararam em outras ocasiões com “André da Ilha”, como é mais conhecido. Ele chegou a ser abordado, mas como não havia nenhum flagrante com ele, foi liberado. Foragido do sistema prisional, o traficante driblava a polícia utilizando nomes falsos e mudando sistematicamente de esconderijo, mas sempre comandando as ações criminosas.
Agora, por determinação judicial acabou preso. Com André da Ilha foram apreendidas armas, munições, veículos dinheiro e celulares. Os mandados foram cumpridos pela Força Tarefa de Segurança Pública, com efetivo de 40 policiais civis, militares, federais, rodoviários federais e penais.
“Ele atuava na região de Parnaíba, Cajueiro da Praia, Luiz Correia e Barra Grande. O Comando Vermelho começou a atuar no Piauí exatamente nesta região de Cajueiro, especialmente em Barra Grande. Dentro do próprio CV eles estão se matando, com alguns já passando para o lado do PCC. Atualmente basicamente são essas duas facções que atuam no litoral”, informou um agente de segurança, que prefere não ser identificado, com exclusividade ao OPINIÃO E NOTÍCIA.
A disputa pelo controle do tráfico de drogas no litoral piauiense tem mostrado a guerra entre as facções envolvendo o Primeiro Comando da Capital-PCC/SP e Comando Vermelho/RJ, sendo pequena a participação da Família do Norte/AM e Guardiões do Estado-GDE/CE. Esta informação de bastidores, mas não é confirmada pela Polícia Federal.
O chamado Projeto Piauí, tem como fundamento montar base de apoio para distribuição de entorpecentes a partir no nosso litoral para outros estados do Nordeste e até outros países, como revelou a Operação Dionísio II, deflagrada em julho deste ano pela Polícia Federal. Pelo menos 40 criminosos teriam sido mortos nesta guerra até o final do primeiro semestre de 2021.
Fonte: Wesslley Sales