A reportagem exclusiva feito pelo OPINIÃO E NOTÍCIA incomodou pessoas em Miguel Alves ao mostrar que há possibilidade de crime eleitoral contra familiares do Prefeito Vein da Fetraf (MDB) pelas redes sociais. Um dos citados, Shalwan Chaves, publicou vídeo onde reagiu, porém, ele errou em vários momentos.
“Hoje pela manhã, ao acordar, eu recebi no meu Whatsapp uma matéria cujo conteúdo dizia que eu teria cometido crime eleitoral ao proferir injúria ao atual prefeito de Miguel Alves, Vein da Fetraf. Segundo a matéria que me mandaram, a análise é do Vice-presidente de Direito Eleitoral da OAB. Eu queria expressar que não foi injuria. O que eu fiz foi mostrar uma crítica, usar o direito constitucional que é meu, que a liberdade do meu pensamento. Não cometi excessos. O que fiz foi mostrar o meu descontentamento. Agora, muito me admira ter lido essa matéria porque eu vejo o que acontece dentro do nosso município de Miguel Alves. Tem uma página no Instagram, cujo nome é Miguelas em Foco, que o que faz é denegrir todo mundo que é contra a atual gestão”, diz Shalwan Chaves em trecho do vídeo.
Ora, em nenhum momento foi dito que ele cometeu crime eleitoral e muito menos contra o atual Prefeito. A afirmação de Shalwan Chaves é falsa. O que foi publicado, na verdade, é que “a esposa e o filho de Francisco Antônio Rabelo Paiva, o Vein da Fetraf (MDB), seriam vítimas de pessoas ligadas ao grupo de oposição”. Este termo em negrito não é afirmativo, mas uma suposição com base no relato feito por uma das fontes que mora em Miguel Alves ouvida pelo OPINIÃO E NOTÍCIA. (Confira reportagem aqui).
Shalwan tenta se passar por vítima e busca uma defesa frágil ao dizer que: “Eu queria expressar que não foi injuria. O que eu fiz foi mostrar uma crítica, usar o direito constitucional que é meu, que a liberdade do meu pensamento. Não cometi excessos. O que fiz foi mostrar o meu descontentamento”. Ora, não cabe a ele ou até mesmo a qualquer um dos familiares do Prefeito dizer se há ou não injúria. Isso, se for para frente, deve ser apontado em um inquérito policial e/ou em processo judicial, onde as provas serão apresentadas e configurar se foi ou não cometido algum tipo de crime.
Há uma falsa impressão de que se pode dizer tudo o que quer com base na Constituição, que acertadamente assegura o livre pensamento e a liberdade de expressão. Porém, quando se ultrapassa esses limites qualquer pessoa está sujeita às penalidades previstas em Lei. Neste caso, o próprio Shalwan Chaves, que não é candidato a nada (pelo que foi apurado), mas é da base do ex-Prefeito de Miguel Alves, reclama que uma determinada página no Instagram “faz é denegrir todo mundo que é contra a atual gestão”. Se isso o incomoda deve buscar os meios legais para fazer cessar os ataques, assim como os familiares do Prefeito, que também devem buscar a delegacia de crimes virtuais e levar o caso à Justiça.
Aguardamos a opinião de Shalwan Chaves quanto a tantos problemas na gestão do ex-Prefeito. Só para citar alguns: condenado pelo TCE por não prestar contas de 2012 e ter que devolver mais de R$ 5 milhões; a decisão do TJ-PI que, em 2022, derrubou apelação e o manteve inelegível por cinco anos, após condenação por improbidade administrativa; Para completar, ainda há na Câmara Municipal do município julgamento de sua prestação de contas que pode enterrar de vez a pretensão de retornar à Prefeitura e, com isso, terá que recorrer a um representante, possivelmente a própria esposa, segundo o que se comenta pelo município.
O OPINIÃO E NOTÍCIA abriu espaço para todo os citados, mas até agora não foi procurado. Essa reportagem é para deixar claro nosso posicionamento sobre o que acontece em Miguel Alves, onde a política parece ser feita de modo infantil e de ataques às famílias, gerando inclusive revolta na população, independente de lado político que esteja. Sobre a visita da Polícia Federal à Prefeitura de Miguel Alves na última semana, estamos apurando e, tão logo tenhamos mais informações, vamos produzir reportagem. Continuaremos atentos e vamos divulgar cada passo do que chegar até a nossa redação, baseado em provas e não apenas em discurso.