Foi uma adesão robusta, em torno de 25 ex-secretários e lideranças na gestão do ex-Prefeito de Teresina Firmino Filho. Eles acompanharam o Presidente do PSDB no Piauí. Luciano Nunes, na manhã desta segunda-feira (19), anunciou desistência da pré-candidatura ao Palácio da Cidade em apoio a Fábio Novo (PT). Esta era uma informação que já era dada como certa já a alguns meses.
Tucanos e petistas dividirão, 26 anos depois, o mesmo palanque na capital. Desta forma, o ex-secretário de Comunicação, jornalista Fernando Said (PSDB) avalia que o eleitorado não estranhará a adesão. Elogiou Sílvio Mendes (UB), explicando porque ficar em lados opostos.
“Sílvio é uma pessoa querida por todos, mas estamos falando do campo político e no campo político o PSDB precisa ser respeitado. É um partido que tem grandeza em Teresina e precisa sobreviver neste momento difícil de luta dos teresinenses. Também não venho estranhamento do eleitorado. No passado isso já existiu. Quando Chico Gerardo foi candidato a Prefeito (1998) esteve alinhado com o PT”, destacou Said.
João de Deus, Presidente estadual do Partido dos Trabalhadores também não vê problemas em ter os tucanos no mesmo palanque. Relembrou que grandes obras foram realizadas na capital, mesmo com os partidos em campos diferentes.
“Em todos os momentos em que sentamos, PT e PSDB, Firmino Prefeito e Wellington Governador, para dar esse exemplo, Teresina ganhou. Se pensar no ponto de vista de obras e infraestrutura, como HUT e Ponte Estaiada, que estavam paradas, e tantas outras ações feitas dentro do entendimento. Quando a gente senta hoje buscando o entendimento com o PSDB que fez várias gestões aprovadas, em que pese as diferenças políticas, tem muita coisa em comum que faz com que hoje nos aproximemos”, completou.
Já o ex-secretário de Finanças e vice-Presidente do PSDB em Teresina, Francisco Canindé, avalia que o encontro da executiva municipal previsto para esta terça-feira (20) deverá ter consenso e ratificar a decisão de Luciano Nunes. Porém, caso não aconteça, existe a possibilidade de acionar a nacional tucana, onde já há conversa adiantada sobre essa guinada tucana.
“Amanhã vamos mostrar aos colegas (executiva municipal) a importância desta opção por Teresina. A decisão final passa pela federação estadual, pela federação nacional. Vamos colocar nossos argumentos, tentando chegar a um consenso. Não sendo atendido, a democracia nos dá o direito de ir para outras instâncias”, asseverou Canindé.
Para Luciano Nunes o momento é de deixar as diferenças políticas de lado para “recuperar” Teresina através da união suprapartidária.
“Uma frente ampla, deixando diferenças ideológicas de lado, e elas existem sim, e a nossa história está aí para mostrar que elas existem. Pensamos todos de forma diferente, temos opiniões diferentes, mas há um grande ponto de convergência que é reconstruir Teresina. O que nos une são os propósitos, o compromisso maior é com a cidade de Teresina. O PSDB vai honrar sua história nessa caminhada, contribuindo, colaborando com a discussão, com a campanha, com o plano de governo de Fábio Novo”, afirmou.
Fábio Novo, ladeado pelo seu vice, o médico Paulo Márcio (MDB), buscou em tucanos históricos que hoje estão com o Partido dos Trabalhadores para mostrar que esta é uma união acima de interesses pessoais e ideológicos.
“Estamos mostrando para o Piauí é espírito público e civilidade, e é isso que tem que nos desnudar de todos os preconceitos, de todas as ideologias e pensar que nós temos uma cidade a ser reconstruída, e nesse movimento cabe todos e todas que quiserem contribuir. Nós estamos vivendo isso, Luciano, em nível nacional. O presidente Lula foi buscar em Geraldo Alckmin, que foi do PSDB, o seu companheiro, a sua segunda pilastra para ajudar na reconstrução do país”, afirmou o pré-candidato citando ainda o trabalho de Washington Bonfim, ex-secretário de Firmino Filho e que hoje é Secretário de Planejamento no governo Rafael Fonteles.