Multidão, discursos emocionados e um palanque robusto. Com todos os ingredientes de uma pré-campanha de peso, o pré-candidato a Prefeito, Sílvio Mendes (UB) e Jeová Alencar (REP) selaram a chapa majoritária para disputar a Prefeitura de Teresina. O deputado estadual, que até então também estava correndo a cidade para fortalecer seu nome para o Palácio da Cidade, prefere evitar dizer que “abriu mão”, mas que as pesquisas mostraram que esta era a formação com maior potencial de competitividade.
“De fato é uma união de forças que tem a mesma identidade, as mesmas propostas e ideias para Teresina. Tenho desapego a poder, a bens materiais. Teresina está chamando. Vamos unir a experiência, sabedoria do Sílvio com a coragem e a força do Jeová para levar a esperança que Teresina quer. A ideia é manter o ritmo que estava como pré-candidato a Prefeito. Em menos de 30 dias passamos dos dois dígitos nas pesquisas. Não poderia ser omisso e nem ter vaidade neste momento”, afirmou Jeová.
“A população foi consultada. E foi desta forma que construímos essa chapa. Não é uma simples adesão. É uma união de forças. Nós não somos aventura, nós somos uma certeza”, disse Sílvio Mendes em seu discurso.
A reação do Prefeito Dr. Pessoa (REP) foi imediata. Afirmou que Jeová Alencar era um traidor. O deputado rebateu e afirmou que fez de tudo para ajudar a gestão, mas que estava engessado.
“Gosto do Dr. Pessoa, mas essa palavra não pega em mim. Espero que ele possa se reencontrar politicamente. Estive com Dr. Pessoa desde 2016. Fiquei até o final com ele. Ajudei e caminhei toda cidade com Dr. Pessoa. Acreditava em uma gestão humanizada. Infelizmente ele não fez e terceirizou a Prefeitura. Estive à frente da SAAD Sul, me esforcei para trazer projetos, inclusive sai porque estava lá engessado”, disse.
Jeová evitou polemizar com grupo que mostra insatisfação com a escolha de seu nome para marchar ao lado de Sílvio Mendes na chapa majoritária. Entre eles está o vereador Ismael Silva. Pelas redes sociais, o parlamentar, que troca o PSD pelo Progressistas para disputar a reeleição, disse: “Nossos valores são outros e reitero que não concordo com tal indicação”.
“Nunca imaginei que eu seria unanimidade. Tenho certeza que as divergências são políticas, não são pessoais. Respeito o vereador e ele tem todo o direito de discordar. Agradeço aos que concordam”, concluiu.