Definitivamente o Brasil não é para amadores, principalmente quando o tema é política. O Piauí, por exemplo, tem pérolas que parecem só acontecer por aqui. Exemplo é disso é a cidade de Canto do Buriti. O ex-Prefeito, Marquinhos Chaves (PSD) ajudou a eleger Dr. Felipe (MDB). No entanto, romperam por disputa de poder, no qual, secretarias desejadas não foram entregues ao antigo gestor, segundo fonte do OPINIÃO E NOTÍCIA.
Marquinhos Chaves, claro, queria dar o troco. A ideia era disputar a Prefeitura este ano. Mas, eis que sua candidatura ficou inviável por estar inelegível. Assim, a saída foi tentar driblar a justiça eleitoral se apresentando como candidato a vice da própria esposa, Dra. Regiane do Marquinhos (PSD). Ou seja, além de chapa pura, chapa caseira, que já está registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
A estripulia foi percebida pelos adversários que agora tentam barrar a sabedoria recorrendo à própria justiça eleitoral com pedido de impugnação de sua candidatura. O protocolo é da coligação Nova Política, Nova Cidade que é encabeçada pelo candidato a Prefeito Dr. Guilherme Oliveira (PT). A alegação é de que o Tribunal Regional Eleitoral já havia reprovado a prestação de contas de Marquinhos Chaves quando disputou cargo de deputado federal em 2020.
Esta ação do Dr. Guilherme contra Marquinhos Chaves termina ajudando o Prefeito Dr. Felipe. Havia preocupação com a possibilidade dos dois candidatos se unirem para tentar derrubá-lo da Prefeitura. Com isso, das duas uma. Ou o petista, ao fragilizar a chapa da Dra Regiane traz seu grupo de vez e oferece a vice, ou as feridas vão arder de tal forma que agora é que não se juntam mesmo.
INELEGIBILIDADE
Marquinhos Chaves, à época, não devolveu aos cofres públicos R$ 20,20 como sobra de campanha de 2020, quando disputou vaga de deputado federal. Além disso, deixou de comprovar os gastos de R$ 399.979,80 com diversos serviços como: combustíveis (R$ 46.134,00), publicidade por material impresso (R$ 83.000,00), atividade de militância e mobilização de rua (R$ 192.650,00), aluguel de veículos (R$ 53.000,00), entre outros. Acabou condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral em agosto do ano passado.
NOTÍCIA RELACIONADA:
Canto do Buriti: Ex-Prefeito não comprova gasto de R$ 400 mil na campanha e pode ficar inelegível