Mais um dia na rotina de um protetor independente. Sem apoio do poder público tentar salvar a vida de animais que, por algum motivo foram abandonados ou nasceram nas ruas de Teresina. Desta vez, Raissa Protetora esteve nesta manhã (15) no Centro de Zoonozes. No local, uma dezena de cães e outra dezena de filhotes que tem um destino quase certo, a morte.
Eles chegam ao Centro de Zoonozes por vários motivos. Um deles entrou em um hospital e foi recolhido. Vários foram retirados da Vila do Ancião por determinação do Ministério Público, alguns estão com leishmaniose. Dois tutores entregaram seus pets, um pitbull por ser agressivo e um rottweiler por motivo de doença. O problema é que se não forem adotados ou tiverem um abrigo provavelmente serão eutanasiados. Mas, para alguns, hoje foi dia de sorte.
“Já conseguimos salvar uma mãezinha, com seus 3 bebês e o menininho que entrou no hospital. Eles já estão acolhidos e vão precisar de ajuda, para seus devidos cuidados. A doença é tratável e garante uma vida quase que normal para eles. Estes animais precisam de carinho, amor, cuidado e atenção do poder público e não uma sentença de morte. Temos ainda muitos animais que não tem problemas de saúde e que precisam ser retirados da Zoonozes. Precisamos de pessoas que possam acolher esses animais. Temos dois abrigos, mas não são públicos, mas de pessoas que só recebem apoio da sociedade e atualmente pouco tem até mesmo para ração”, destaca Raissa.
Ao OPINIÃO E NOTÍCIA ela lamentou que a Prefeitura tenha tantos prédios, mas não consegue fazer um abrigo público para recebe os animais, uma vez que este não é o foco do Centro de Zoonozes. Aliás, no local havia consulta gratuita para cães e gatos de tutores de baixa renda, mas foi cancelado em fevereiro. Raissa Protetora falou ainda sobre o esforço dos protetores independentes e aponta soluções para acolhimento.
Nós temos na cidade como um todo vários prédios da Prefeitura que podem ser usados como abrigo público para animais. Isso é uma promessa antiga. Também é importante que os vereadores se interessem pela causa animal e destinem emendas para que isso seja feito. A cidade está vivendo dias de caos com tanto abandono nas ruas. Protetores já não sabem mais o que fazer para salvar vidas, porque do poder público não temos nada. Até mesmo a parceria da Zoonozes com o Hospital Veterinário, que fazia 200 castrações mensais, parou e tudo o que tínhamos antes não existe mais agora”, concluiu.
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Fonte: Wesslley Sales