A chamada terceira onda da pandemia no Piauí tem perdido força com redução de internações, novos casos e mortes. A informação, que foi apresentada ao COE (Comitê de Operações Emergenciais do Piauí) é de um levantamento do Grupo de Pesquisa de Análise em Saúde da UFPI que observou os resultados entre a 7ª e 8ª semana epidemiológica deste ano.
O Laboratório Central registou no período uma queda de 40% na taxa de positividade para covid-19. A média móvel de novos casos ficou em 115, 84% a menos que na semana anterior, o que mostra tendência de queda. Já a média móvel de óbitos está em 3, o que significa redução de 60% em relação a 14 dias atrás.
A taxa de ocupação de leitos também está em queda, os clínicos estão 17% ocupados, enquanto as UTIs estão com 45,5% de internações. Para o pesquisar Emídio Matos, isso é um reflexo da vacinação no Piauí, que está superior a 83% em imunização completa, superior a média brasileira. Porém, o membro do COE faz um alerta importante.
“Temos uma situação de fato muito melhor, em vários aspectos, a melhor durante todo o período de pandemia, com a ressalva para o território da Serra da Capivara, que ainda apresenta número de casos novos elevados e para os territórios Vale do Canindé e Carnaubais, que apresentam número de óbitos ainda elevados. O fator preocupante é a dose de reforço, fundamental para combater a variante Ômicron. Se por um lado nós temos municípios como Campo Grande do Piauí, Colônia do Piauí, Lagoa do Barro e Dom Inocêncio com mais de 60% da população elegível já com a dose de reforço, temos, por outro lado, cidades como Cocal, Floriano, Assunção do Piauí e Jerumenha com menos de 10% da população com dose de reforço”, explica.
Existe ainda uma outra preocupação, esta pode impactar diretamente na possibilidade de flexibilizar as restrições impostas por decretos em todo o Piauí. Para Emídio Matos é preciso aguardar o resultado da próxima semana epidemiológica.
“É exatamente o período pós carnaval, importante para fazer uma revisão das medidas restritivas. Numa nova fase da pandemia é importantíssimo que a SESAPI estabeleça "cidades sentinela" para acompanhar os dados de procura por consultas por síndromes gripais, para que possamos identificar rapidamente possíveis novos surtos e anteciparmos medidas de controle”, concluiu.
CONFIRA DADOS DA ANÁLISE ENTREGUE AO COE:
Análise Epidemiológica_GASUFPI_CESPI_COE_03.03.22.pdf
Fonte: Wesslley Sales