Apenas em 2019 foram realizadas 41 mil consultas e mais de mil cirurgias oncológicas de alta complexidade no Hospital São Marcos, responsável por tratar 98% dos casos de câncer atendida pelo SUS, de acordo com o Ministério da Saúde e da Fundação Municipal de Saúde. Mas, agora, é a unidade hospitalar que pede socorro.
Para isso, a bancada federal foi convidada para um encontro no auditório do Hospital São Marcos na manhã desta segunda-feira (8). O objetivo foi levar a real situação que, literalmente, faz com que se trabalhe no vermelho, podendo impactar de forma decisiva na saúde de milhares de pessoas.
“Infelizmente ao longo dos últimos anos o número de leitos destinados a pacientes com câncer vem reduzindo, prejudicando o atendimento em hospitais filantrópicos. Se esse hospital tiver que reduzir a oferta de serviço por problemas financeiros será uma catástrofe para nossa população. Por isso estamos pedindo apoio à bancada federal, pois não podemos permitir que a população fique desassistida no Piauí, como já aconteceu em outros estados”, explica Marcelo Martins, Diretor Técnico do Hospital São Marcos.
O Deputado Federal Fábio Abreu (PL) e o Senador Elmano Férrer (PP) informaram que tem destinado emendas para o São Marcos, garantindo assim apoio às ações de combate ao câncer.
“Existem hospitais no país que recebem complementações de sobrevalor da tabela SUS da ordem de 100% a 70%. O São Marcos está pleiteando uma suplementação na ordem de 45% a 50%. Vamos continuar utilizando recursos próprios no custeio, porque temos essa missão. Mas, precisamos de um aumento do que recebe mensalmente, até porque a inflação do serviço de saúde nos últimos anos foi brutal. O déficit mensal no atendimento SUS gira em torno de R$ 2 milhões”, concluiu Marcelo Martins.
O Deputado Júlio César (PSD) defendeu uma atualização da tabela do SUS que, para ele, está defasada em relação a inflação. A Senadora Eliane Nogueira (PP) afirmou que solicitará apoio do Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) para levar a demanda para o Presidente Jair Bolsonaro e ao Ministério da Saúde.
Fonte: Wesslley Sales