Há uma certa maldade ou talvez seja o momento eleitoral, mas a Governadora do Piauí tem recebido críticas e ataques nas redes sociais e até mesmo no parlamento estadual. O Motivo é que ela quer empreender novas formas de combate à criminalidade, entre elas o uso de bicicletas.
Usar as “magrelas” na segurança pública não é novidade no Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, policiais pedalam desde 2012 em áreas turísticas e no centro da capital fluminense. Em 2017, a chamada ciclopatrulha começou a ser usada em Manaus. No Paraná, a Operação Verão do ano passado contou com bikes auxiliando o patrulhamento.
O patrulhamento com bicicletas é feito em áreas de grande circulação de pedestres, como praias, praças e áreas centrais. Para os especialistas em segurança pública, a capacitação dos policiais os leva a abordagem rápida e chegar a locais onde há dificuldade para carros e motos.
Enquanto isso, no Piauí, em redes sociais a proposta é deturpada, como se policiais em bicicletas fossem perseguir bandidos fugindo em carros pelas ruas e avenidas. Deputados estaduais chegaram a fazer críticas sem conhecimento de causa e, pior, em sua grande maioria nenhum deles dispensou sequer R$ 1 real de suas emendas para segurança pública.
Relatório do Tribunal de Costas do Estado divulgado em julho de 2021 aponta que a preocupação do parlamento piauiense passa longe da segurança pública. Essa área fica só no discurso. O grosso do dinheiro das emendas em 2019, por exemplo, mais de R$ 11 milhões (76,66% do total), foi destinado para realização de festividades e a contratação de bandas/artistas.
Fonte: Wesslley Sales