Quem vive o mundo da política compreende que aquela fatídica tarde de 6 de setembro de 2018 foi crucial para a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Adélio Bispo furou a segurança do então candidato e desferiu uma facada em sua barriga.
De lá para cá o Presidente passou por quatro cirurgias. Neste período o agressor Adélio Bispo (foi filiado ao PSOL-MG de 2007 a 2014) confessou o crime e passou por série de investigações da Polícia Federal. A partir disso, muitas notícias falsas foram espalhadas em redes sociais associando o agressor ao Partido dos Trabalhadores e a candidatos de esquerda, porém as investigações apontaram que ele teria agido sozinho e foi diagnosticado com transtornos mentais.
Às vésperas do ano eleitoral, em novembro de 2021 a Polícia Federal retomou as investigações contra Adélio Bispo em inquérito reaberto com autorização do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
É importante que, mais uma vez a Polícia Federal busque provas para tentar mostrar um cenário diferente do que as próprias investigações da PF mostraram por duas vezes. Se foi atentado político, que se comprove ou afaste de vez essa tese. Até porque, não resta dúvida que a facada em Bolsonaro vai render por mais uma eleição, mas dificilmente terá o mesmo efeito que em 2018.
Fonte: Wesslley Sales