Dois já estão definidos. Seja no Progressistas ou no União Brasil, o pré-candidato Sílvio Mendes (ainda no PSDB) está na oposição ao Governo do Estado ao lado de Iracema Portella (vice) e de Joel Rodrigues (Senado). A chapa quer debater os problemas do Piauí, mas não terá como negar o apoio e palanque a Jair Bolsonaro, uma vez que tem como líder Ciro Nogueira (PP), Ministro da Casa Civil e considerado o mais importante do Governo Federal.
Com a confirmação de que o Partido Liberal está sob o comando de Samantha Cavalca, pessoa de confiança de Ciro Nogueira e deverá ter como pré-candidato ao Governo o Major Diego, bolsonarista de primeira hora, abre-se o segundo palanque para o Presidente. Esta é uma articulação do Ministro da Casa Civil. Robert Rios (ainda PSB), vice-Prefeito de Teresina, chegou a dizer que: “é um truque para promover Bolsonaro no Piauí e esconder o apoio de Sílvio Mendes ao presidente”.
O terceiro palanque pode vir do grupo do Dr. Pessoa (ainda MDB). O Prefeito de Teresina namorou com PL e agora aposta suas fichas no Republicanos. A sigla, que é do Centrão tem um racha nacional, onde parte quer apoiar Moro, outra Lula e ainda uma banda quer Bolsonaro. No Piauí, estavam livres, porém meio órfãs com a decisão do Governador Wellington Dias em limitar partidos na base para disputa eleitoral. Apesar disso, haveria disposição para lançar candidatura majoritária? Pouco provável. O foco deverá ser apenas chapas proporcionais.
Já o União Brasil pode receber Sílvio Mendes que, sendo eleito ou não, é adversário à reeleição de Dr. Pessoa em 2024. Na base de apoio do Prefeito há rejeição a qualquer aproximação com seu palanque. Além disso, o comando do UB, por um acordo nacional com o PSL, no Piauí deve ficar com o Democratas. Como tudo no tabuleiro do xadrez político muda rapidamente, não se pode descartar nada. É esperar para ver qual a próxima mexida no rumo do Palácio de Karnak.
Fonte: Wesslley Sales