É comum em período eleitoral explodirem pesquisas de opinião quase toda semana, afinal isso envolve muito dinheiro. Claro, a repercussão é imediata com a comemoração ora de um grupo, ora de outro. No meio de tudo isso, apoiadores, simpatizantes e militantes afirmando que os levantamentos são “mentirosos” e na medida em que seu candidato não está no topo sobra para os institutos. Nada mais natural.
Em 2022 não é diferente a nível nacional e local, onde há uma polarização difícil de ser quebrada. No Piauí, Sílvio Mendes (UB), pré-candidato de oposição aparece em primeiro nas pesquisas, sobretudo quanto feitas por seu grupo político. Da mesma forma, Rafael Fonteles (PT) costuma ser o vitorioso quando o levantamento vem da base aliada. O mais interessante é que nenhum dos dois lados, a princípio, está errado ao cantar vitória. É uma questão de estratégias e, claro, das narrativas levadas a público.
Normalmente quando Sílvio Mendes aparece na frente é no confronto direto com seu principal adversário. Neste caso, o pré-candidato, tem até aqui rejeitado colar imagem de figuras nacionais como Jair Bolsonaro (PL) ou Luciano Bivar, que é do seu próprio partido, o União Brasil. Ambos pré-candidatos à Presidência da República.
Já Rafael Fonteles lidera quando seu nome é associado a Lula (PT) e Wellington Dias (PT) e, de quebra, cola imagem de Sílvio Mendes em Bolsonaro e no principal Ministro do seu governo, Ciro Nogueira (Casa Civil), o que mostra o peso no Piauí da campanha casada com nomes nacionais. Essa será uma grande dificuldade para a oposição em um Estado eminentemente lulista.
De certo é que as pesquisas refletem um momento do eleitorado e quanto mais próximo da eleição, mais assertivas elas ficam. Além disso, existem os levantamentos internos, que não são divulgados. Esses são os verdadeiros balizadores para os grupos políticos avaliarem suas estratégias e onde cada um canta vitória meio que na surdina, mas não mostra os números. Vale lembrar que há ainda uma imensa quantidade de indecisos para que os candidatos corram atrás de conquistar, com ou sem apoio nacional. No fim, haverá alegria de um lado e choro e ranger de dentes para os perdedores e, claro, vai sobrar para os institutos.
Fonte: Wesslley Sales