Certamente um público que será disputado nas eleições deste ano por candidatos são aqueles que nunca votaram na vida. Estamos falando de mais de 2.042 milhões de eleitores na faixa etária entre 16 e 18 anos que agora estão de posse da maior arma em uma democracia, o título de eleitor.
Eles representam um recorde registrado de janeiro a ‘04 de maio, prazo final para tirar o título de eleitor, com aumento de 47,2% em relação ao mesmo período de 2018 e 57,4% em relação ao primeiro quadrimestre de 2014. Mas, o que terá levado 2.042.817 jovens a buscar seu direito ao voto?
Nas redes sociais a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) se reflete. Para os grupos que defendem os dois pré-candidatos esse jovem eleitor quer manter o atual Presidente da República, enquanto o lado adversário afirma que eles querem a volta da “esperança de um Brasil melhor”.
O fato é que movimentos de esquerda, artistas e apoiadores de Lula nunca estiveram tão engajados em campanhas para que eleitores de 16 a 18 anos pudessem tirar o título eleitoral. O próprio pré-candidato petista usou o Twitter para fazer esse chamamento aos jovens. No final de março, o Presidente Jair Bolsonaro falou a apoiadores: “Essa campanha aí dos 16 anos para votar: você vê a garotada dizendo que vai votar em mim”. Ambos jogam para plateia.
Que tipo de influência os eleitores entre 16 e 18 anos podem sofrer das redes sociais? Dos parentes e amigos? Dos atores e cantores que são fãs? Levariam em consideração estarem ou não felizes no Brasil de 2022? Em que pese ser um voto facultativo, os jovens parecem dispostos a ir às urnas.
Não é possível prever para que lado penderam esses mais de 2 milhões de filhos da pátria, ou até mesmo se não querem outras alternativas. O grande desafio é conquistar o jovem eleitor onde a grande maioria desconhece o país quando era governado por Lula, mas tem o recall do Brasil comandado por Bolsonaro. O que se pode afirmar é que eles farão total diferença e tem seguramente o poder de reeleger ou derrubar um Presidente.
Fonte: Wesslley Sales