Não é só na cabeça da chapa majoritária que há disputa interna na oposição, esta protagonizada por Iracema Portela (PP) e Sílvio Mendes (PSDB). João Vicente Claudino já é nome praticamente descartado. Apenas números muito relevantes em pesquisa o traria de volta ao jogo. Mas, entre eles parece estar tudo tranquilo. A coisa começa a esquentar de verdade é em outro campo, a luta para chegar a Câmara dos Deputados.
Nas chapas proporcionais o Progressistas está buscando reforçar o time, porém, a chegada de fortes lideranças está tirando o sono de candidatos com mandato. A análise que vem de dentro do partido mostra que, se por um lado há certa preocupação pela possibilidade do partido fazer apenas dois deputados federais, por outro a incerteza sobre promessas de apoio.
Átila Lira deixará para seu sucessor, Átila Filho, a missão de manter o nome da família na Câmara dos Deputados. Vale lembrar que o parlamentar foi o último entre os 10 eleitos com 54.095 votos, ou seja, foi menos votado do que Merlong Solano (PT), Paes Landim (PTB), Mainha (PL) e Silas Freire (PRB). Então, teria ele a capacidade de transferência de votos suficientes para alcançar seu objetivo?
Outro que estaria no páreo, mas com certa tranquilidade é Júlio Arcoverde. A decisão de tentar mudar da Assembleia Legislativa para a Câmara dos Deputados se dá no momento em que o Progressistas firma o nome de Iracema Portela como pré-candidata ao governo estadual. Além do Ministro Ciro Nogueira, o maior cabo eleitoral dela é o próprio Presidente do partido no Piauí. Essa “dobradinha” tem causado certo ciúme porque as bases eleitorais estariam sendo tratadas sem levar em conta os demais concorrentes, uma vez que eles também fortalecem o nome da parlamentar ao Palácio de Karnak e não apenas o deputado estadual.
Outro nome citado é o da deputada Margarete Coelho, que deixou a base do Governo para se integrar à oposição. Com atuação de destaque em relatorias importantes na Câmara, a parlamentar é tida como nome certo para renovar o mandato. Apesar disso encontra resistências no Progressistas, principalmente em parte da militância que ainda não a vê dissociada do Palácio de Karnak e criticam sua demora em definir caminhar com eles. Há quem aposte que ela está de corpo presente, mas a alma continua longe.
Por último, Elmano Férrer deixa a possibilidade de renovar o mandato ao Senado para disputar a Câmara dos Deputados. Conhecido como o homem das grandes obras. Apesar disso, a análise da liderança é de que falta a ele mostrar o seu potencial político pessoal, uma vez que as eleições anteriores teve forte apoio de Wellington Dias e Ciro Nogueira. Este pleito deverá mostrar se o “Véin” tem capacidade de caminhar e dançar com as próprias pernas.
De acordo com a liderança que conversou com OPINIÃO E NOTÍCIA, a disputa maior estaria entre esses nomes, ou seja, sairá desta lista os dois deputados federais do partido. Também está ai um ponto de desconforto para um dos candidatos, a insatisfação com o Ministro Ciro Nogueira. O motivo seria não cumprir, até agora, a promessa de indicar prefeitos para apoiar sua candidatura, o que o deixaria mais fraco nesta disputa.
Esta é a análise, mas em política “tudo é dinâmico”, como se diz neste mundo de bastidores, e muda muito rapidamente. Se essa “previsões” vão acontecer não tem outro remédio, a não ser esperar para ver.
Fonte: Wesslley Sales