Não é de hoje que a simples possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva recuperar os direitos políticos e disputar a Presidência do Brasil mexe com os ânimos de Jair Messias Bolsonaro. O campo de batalha inicia nas redes sociais com um turbilhão de mensagens de suas militâncias atacando um ao outro. Na prática o objetivo é polarizar a disputa entre os dois desde já, apostando que as críticas entre eles talvez sejam mais importantes do que as ações acertadas em seus governos.
Neste chumbo trocado sobra para quem é considerado “isentão”, ou seja, aquele que prefere evitar mergulhar de cabeça em apoio a um dos lados. Qualquer comentário que seja fora da linha ideológica da esquerda ou da direita passa a ser alvo de críticas. Não adianta fatos, provas ou qualquer outra forma de convencimento. Se seus líderes falaram, tá falado.
O que parecem não perceber ou fingem não existir é o fato de que há vida inteligente fora da bolha lulista e bolsonarista em que vivem. E isso os incomoda. Na falta de argumentos para se contrapor tentam desqualificar seus desafetos com adjetivos do tipo: “PTralha”, “facista”, “esquerdopata”, “comunista” e “bolsonada”, entre outros.
O objetivo é claro. Travar um cabo de guerra para anular qualquer palavra que se contraponha a seus discursos eivados de ideologia e, em alguns casos, devaneios replicados de seus líderes. Assim, se estabelece a disputa por poder entre dois grupos que, na prática, pouco se importam com a verdade dos fatos, desde que a retórica lhes agrade, nem que seja na base do xingamento.
Fonte: Wesslley Sales