Pedir pra sair foi uma forma de evitar mais desgastes para a imagem do Presidente da República e assim, tentar de alguma forma tentar blindar Jair Bolsonaro (PL) de um escândalo de corrupção em pleno ano eleitoral. Assim, Milton Ribeiro encerra, melancolicamente, sua passagem pelo Ministério da Educação após o vazamento de áudios do ex-ministro onde aparece um esquema de liberação de verbas do MEC para prefeituras a pedido de pastores, em alguns casos, negociata feita a peso de ouro.
O caso passou a ser alvo de investigações da Polícia Federal e pode ainda resultar em uma CPI. A gestão de Milton Ribeiro foi recheada de problemas, como suposta interferência no ENEM, que levou a debandada geral de servidores, a denúncia da Procuradoria Geral da República ao Supremo Tribunal Federal por homofobia, além desta mais recente, onde a Polícia Federal abriu investigação por determinação do STF, atendendo solicitação da PGR.
Interinamente deve assumir o comando do MEC Victor Godoy Veiga, que é o secretário-executivo da pasta. Porém, não se descarta indicações de nomes ligados ao Centrão para assumir em definitivo o quinto Ministro da Educação. Ma, ainda é cedo para falar qual impacto para o futuro educacional no país.
Outro que está fora do Governo é o Presidente da Petrobrás, General Silva e Luna. Nas últimas semanas ele passou a ser também alvo do Presidente da República pelos sucessivos e pesados reajustes nos preços dos combustíveis. Jair Bolsonaro chegou a reconhecer que o problema está na política de preços da empresa, que é atrelada ao dólar.
Na prática, esta mudança é mais uma tentativa de evitar desgaste para a imagem do Presidente na sua busca por reeleição. Se não partir do próprio Jair Bolsonaro a decisão de mudar a política de preços, instituída em 2016 por Michel Temer, os combustíveis no país sofreram oscilação ao sabor da economia internacional, ou seja, nada que o economista Adriano Pires possa fazer sem ferir o legislação ou impactar talvez negativamente na economia do país.
Fonte: Wesslley Sales