No Piauí a oposição ao Governo Wellington Dias aguarda um milagre na economia para, desta forma, ter um discurso que favoreça o Presidente da República e abra um palanque no Estado. Mesmo assim, encontrará dificuldades com alguns de seus membros, como Sílvio Mendes (PSDB), que disputa a preferência com Iracema Portela (PP) para ser o candidato ao Palácio de Karnak. Vale lembrar que no plano nacional os tucanos estão em oposição a Jair Bolsonaro.
O plano B seria focar apenas na disputa local, buscando mostrar os erros do governo petista, denúncias e trazer para o discurso propostas de mudança. Na prática, descolar totalmente da imagem do Presidente Jair Bolsonaro, que sofreu no Piauí, proporcionalmente, a maior derrota do país em 2018, chegando a apenas 422.095 votos (22,95%), perdendo assim em todas as cidades do Estado para o candidato petista.
O detalhe é que a base governista fará o movimento contrário, colando nos candidatos de oposição, qualquer que seja ele, a imagem de Bolsonaro e os problemas do país como a inflação nas alturas, desemprego feroz, erros na pandemia e as denúncias de corrupção. O Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, não deve escapar disso. O que não faltam são imagens suas ao lado de Lula e Dilma em campanhas anteriores pedindo votos. Suas "juras de amor" a todos os governos não deverão ser esquecidas.
Assim, independente do que acontecer e de quem serão os candidatos, o Presidente estará, por bem ou por mal, no meio da campanha no Estado trazido pela oposição ou pela base aliada. Uma coisa é certa, sua imagem ajudará a construir o próximo Governador do Piauí, de um jeito ou de outro. É tudo uma questão de tempo e estratégia.
Fonte: Wesslley Sales