Chapinha ou chapão? Esse é o dilema dos candidatos da base do Prefeito de Teresina para garantir sobrevivência política e, claro, eleger o maior número possível de vereadores. O problema gira em torno da musculatura eleitoral de quem vai entrar na disputa e, com isso, buscar o equilíbrio de forças. A situação preocupa principalmente parlamentares que tentam renovar mandato e suplentes. Até o momento quatro partidos orbitam em torno do Dr. Pessoa: Republicanos, DC, Avante, PL e PRTB.
Pelas redes sociais o vereador Markik Costa expôs uma outra dificuldade e que pode fazer toda diferença na escolha do partido para disputa. Atualmente no REP, o parlamentar não descarta possibilidade de migrar para o PL. Tudo vai depender do entendimento para se equacionar as variáveis, entre elas, o quociente eleitoral.
“Regra agora é da eleição de 2022! Tem que ter 20% do coeficiente eleitoral ou 80% da sobra …E tb no caso de Teresina só serão 29 + 1, no caso 30 candidatos a vereador! Vai diminuir os candidatos e aumentar a média de votos pra fazer o coeficiente de vereador! (sic)”, disse Markim Costa no grupo Zonal Teresina, formado por jornalistas, políticos e principalmente lideranças da zona sudeste da capital.
Um outro vereador ouvido pelo OPINIÃO E NOTÍCIA e que prefere não ter nome revelado, desenhou as possíveis chapas da base do Palácio da Cidade, além de explicar sobre “critérios”. Quem busca organizar a melhor estratégia é o Secretário Ronney Lustosa e, para isso, tem realizado encontros separadamente com os grupos. A meta é eleger de 12 a 13 parlamentares.
‘Eu sempre defendi duas chapas, dividindo vereadores e secretários, aqueles mais fortes. Em outra reunião, a 15 dias, estava se definindo um grande chapão, como o Rafael Fonteles fez. Assim, o Prefeito faz uns 11 vereadores direto, podendo brigar por 12 vagas. Se dividir, faz seis a sete em uma e quatro a cinco na outra. Concordo que tenha uma terceira chapa. Capitão Roberval tem a estratégia dele, trabalhando lideranças mais setoriais. No final é preciso que as chapas têm que ser equilibradas para não desmotivar”, disse.
Entre os critérios está formação de chapas com base na votação dos parlamentares e suplentes. Outra forma seria distribuição dos Secretários, de acordo com a força das pastas que ocupam, como a SEMCASPI, comandada por Allan Cavalcante.
“Um dos critérios utilizados é vereadores até três mil votos. Já puxaria seis vereadores para uma das chapas (Renato Berger, Markim Costa, Bruno Vilarinho, Alan Brandão, Pollyana Rocha e Roberval Queiroz) e juntaria com vereadores que estão no exercício do mandato (Zé Filho, Graça Amorim e Inácio Varvalho). Junto teríamos os que já foram vereadores e estão na prefeitura (Paulo Roberto da Iluminação e Caio Ribeiro). Essa seria uma primeira montagem de chapa. Uma outra chapa seria formada por vereadores acima de quatro mil votos (Neto do Angelim, Valdemir Virgino, GLevino, Dr. Leonardo, Caio Bucar e Gustavo Gayoso), além de Roncalim, James Guerra e Allan da Semcaspi”, explica o vereador.
Há certa desconfiança em torno do PL, que tem como Presidente o vereador Leonardo Eulálio e o DC, comandado pelo vereador Capitão Roberval. Markim Costa e Teresinha Medeiros foram convidados para filiar ao Partido Liberal, mas ainda estão avaliando quem serão os concorrentes diretos na sigla. Já o líder do Prefeito na Câmara, Antônio José Lira, até defende o chapão, desde que esteja fora dele e já teria definido como vai para disputa.
“Antônio José Lira está com outra estratégia, buscando uma chapa com Roberval Queiroz e Sérgio Bandeira. É preferível brigar por cinco, seis vagas do que por uma. PL é importante porque tem tempo de TV, fundo partidário. Mas, estamos avaliando ainda PRTB, Avante e o DC, além do próprio Republicanos”, concluiu o parlamentar que lamentou: “Em todo lugar, quando se começa pela chapa do Prefeito e depois as outras chapas. Aqui parece que começou ao contrário”.