Vem de longe o problema do Prefeito de Barras, Edilson Capote (PSD) com a justiça, quer seja eleitoral ou criminal. Tudo isso eleva o clima de tensão e, claro, do avizinhamento de uma disputa política pela Prefeitura. O motivo é que o gestor já foi condenado esse ano a perda do cargo e, para completar, chegou à Justiça Federal essa semana denúncia de improbidade administrativa.
Capote venceu em 2020 para seu terceiro mandato de Prefeito. Mas, foi caçado no início de junho, junto com sua vice e outros seis vereadores pela justiça eleitoral da comarca de Barras. Motivo, corrupção por compra de votos. O caso agora vai para ser confirmado ou modificado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Enquanto isso continua na cadeira no Palácio Casa Rosada.
Mas, seu inferno astral não para por ai. Edilson Capote levou outro tombo no início de julho. Desta vez com o acolhimento pela Justiça Federal da denúncia feita pelo Ministério Público Federal que o acusa de fraude em licitação ainda no seu primeiro mandato. A empresa vencedora do certame sublocou veículos porque não tinha nenhum dos que eram exigidos no Edital.
De acordo com o Procurador do MPF, Marco Aurélio Adão, o Prefeito Edilson Capote abriu licitação para locação de veículos. Porém, teria aconteceido fraude para beneficiar a Betinho Veículos (Infiniti Veículos e Locação), do empresário Roberto Castelo Branco Júnior, vencedor do pregão de R$ 3 milhões a serem pagos com recursos do Fundeb e Fundo Municipal de Saúde. A irregularidade foi levantada por uma das concorrentes. A Vinagreira Transporte de Turismo afirmou que a assinatura que consta na Ata não é de nenhum de seus representantes.
Com tanta conta pra pagar na Justiça, Edilson Capote se faz de desentendido e toca a Prefeitura como se não tivesse amanhã. Enquanto isso, como diz a música, “os urubus continuam passeando a tarde inteira entre os girassóis”.