A ideia do Cidadania, PSDB, MDB e União Brasil é lançar um nome de consenso para quebrar a polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT) na disputa pela Presidência do Brasil. A promessa é de oficializar a pré-candidatura até dia 18 de maio. Mas, se for materializado o desenho que se forma os adversários estarão rindo à toa.
Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, soltou que há possibilidade real do nome ser o do presidente do partido, Luciano Bivar, que contaria com o apoio da bancada. Pode até ser, mas falta combinar com os demais partidos sob pena da terceira via ser afogada em um caldo de peteca que, apesar da musculatura política, não terá força para arranhar a disputa entre Lula e Bolsonaro.
Bivar, diga-se de passagem, que busca reaproximação com Bolsonaro e quer se valorizar, foi um dos arquitetos do desembarque de Sérgio Moro do Podemos para o União Brasil, onde o ex-juiz acredita ter força como pré-candidato. Foi fritado pelas lideranças do Democratas que, aliado ao PSL, formou o UB. Nas últimas pesquisas sempre aparece com média de 7%. A outra alternativa seria Simone Tebet (MDB), mas seu potencial tem ficado na faixa de 1% da preferência do eleitorado e, por isso, seu partido tem se aproximado de Lula e acredita que ela deverá abandonar o sonho.
O PSDB vive uma briga interna entre João Dória, que deixou o governo de São Paulo para disputar a Presidência da República. Este é outro que aparece sempre na casa do 1% nas pesquisas e, para complicar, tem em seus calcanhares o ex-Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que também deixou o cargo e ainda luta para ser o pré-candidato da sigla.
Como se vê, Bolsonaro e Lula tem muito o que se concentrar nos ataques e propostas do que propriamente nesta terceira via que, de forma brilhante, comete um suicídio político por ter o olho maior do que a barriga.
Fonte: Wesslley Sales