Desde o último mês o OPINIÃO E NOTÍCIA tem recebido áudios e prints de pessoas que dizem estar vivendo um clima de medo em Campo Maior, sobretudo por conta dos homicídios e assaltos. É fato que os números de assassinatos até assustam, mas quando se faz o estudo das vítimas percebe-se que de fato as mortes na absoluta maioria dos casos são de pessoas envolvidas diretamente na criminalidade.
De acordo com levantamento junto ao 15º Batalhão de Polícia Militar e na Delegacia Regional, de janeiro até o início de outubro foram registados 12 homicídios (cinco no primeiro semestre) em Campo Maior, sendo que oito (8) tem relação direta com pessoas ligadas ao tráfico de drogas. Também aconteceu um (1) feminicídio, uma (1) pessoa foi morta por disputa de terras e uma (1) foi vítima de briga entre irmãos. Por serem premeditados, esses crimes dificilmente teriam como ser evitados pelas forças de segurança do município.
No tocante a ação direta de criminosos contra o cidadão houve um (1) latrocínio, exatamente o de um agente de segurança. O caso aconteceu em julho deste ano, quando o policial penal Arlindo Neto reagiu a um assalto e acabou recebendo dois tiros, segundo o Delegado Péricles Lima. Como se vê, a população está assustada, porém, não se pode atribuir esses números a um fracasso do trabalho policial.
AUMENTO DE ASSALTOS
Em conversa com o OPINIÃO E NOTÍCIA o Delegado Regional, Péricles Lima, explicou que a soltura de presos durante a pandemia foi determinando para a evolução dos assaltos na região. Ele destacou ainda que foi desbaratada uma quadrilha especializada em roubos em fazendas e residências.
“Desde maio, quando fizemos essas prisões, não tivemos mais registros deste tipo de ocorrência. Temos um bom relacionamento e trabalhamos integrados com a Polícia Militar. Com a pandemia tivemos a soltura de presos e, consequentemente, mais roubos com motos. As prisões estão acontecendo. Mas, estão tentando transformar situações pontuais em um caos que não existe em Campo Maior”, destacou o delegado.
Fonte: Wesslley Sales