Uma liminar judicial parou a atividade do transporte alternativo a mais de 60 dias. Com isso, quase 70 motoristas estão sem trabalhar, como Antônio Gomes. Ele é proprietário do veículo que faz o trecho entre Teresina e Luzilândia que, sem poder fazer o percurso já pensa até em desistir. Paderim, como é mais conhecido, participou da manifestação na manhã desta quarta-feira (8) em frente ao Palácio de Karnak cobrando solução do Governo.
“São 65 dias parados. Para manter minha família estou vivendo de empréstimo porque não tenho mais renda. Estamos todos prejudicados e, se não houver uma solução rápida, já penso em vender o carro”, afirmou.
Além dos motoristas pelo menos três mil usuários diários do serviço estão prejudicados, segundo a Cooperativa Mista de Transporte Alternativo do Piauí. Para o Presidente da Comitapi todo o problema se deve a uma confusão judicial após liminar monocrática que vai de encontro a uma decisão do Pleno do Tribunal de Justiça ainda em 2018. Miranda Neto afirma que tudo acontece para beneficiar dois empresários e um diretor da Secretaria de Transportes para inviabilizar a atividade.
“Essa decisão do Pleno do TJ já transitou em julgado e diz que cabe ao Estado regulamentar, fiscalizar, extinguir ou manter linhas. Trabalhamos desde 1999 e só pode licitar depois que fizer licitação para os ônibus. Existe um esquema bem armado. A perseguição é dentro da SETRANS. Queremos mostrar para o Governador que ele está sendo enganado e que cabe ao Estado resolver”, explica Miranda Neto.
Fonte: Wesslley Sales